domingo, 26 de setembro de 2010

O Tapete persa - The persian Carpet



O Tapete persa, não nos via
pois estava, é claro, deitado
por duas barras esticado
no cimo da escadaria...
Pantufas, chinelos
botas e sapatos
ténis amarelos
galochas, socas
e até cães e gatos
saídos das tocas
gostam de ali passar
para nele se esfregar...
O Tapete, não se queixa
porque não quer (e ninguém deixa)
tranquilo, em paz e sossego
no soalho do emprego...
Corpo forte em mente sã
sem ira nem amargura
e pelas três da manhã
a situação
muda então
de figura...
Solta as barras
corta as amarras
toma balanço
e sem pausa, sem descanso
ondula no corredor
liga o turbo-reactor
saindo pela janela
como "Tapete-voador"
direito ao quintal
da avó Graziela
e do tio Amaral...
Acreditem, se quiserem
compreendam se puderem
porque até às seis da matina
ninguém o pisa ou urina
voando sim, empenhado
léguas sobre léguas
combatendo sim (sem dar tréguas)
vilões
o crime organizado
patifes e outros ladrões
vígaros e proscritos
estndendo a mão aos aflitos
praticando o bem
dando, a quem menos tem..
Grato foi o prazer
de o conhecer
de saber
que está por perto
que faz sempre o que acha certo
e que o jovem Tapete persa
a quem a verdade não mói
nem a consciência dói
à noite não vai na conversa...
transforma-se em Super-herói!!!...

Mizangala